O banco Santander pretende reforçar a linha de crédito imobiliário com garantia do imóvel, mais conhecida como home equity. Essa decisão se baseia a partir da situação atual econômica e a necessidade de liquidez de pessoas físicas e jurídicas.
Há 14 anos no país, o home equity está cada vez mais sendo evidenciado pelos bancos e fintechs, inclusive pelo Banco Central que informou que 95% das casas são quitadas, mas as pessoas não conseguem usá-las como garantia em empréstimos. O mercado de home equity somava R$ 10,5 bilhões em abril, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
Com a pandemia do coronavírus, o Santander acelerou o processo com a redução da burocracia e tornou o procedimento digital.
Em maio, o volume de recursos liberados cresceu 120% em comparação a janeiro. O banco não divulga o tamanho da carteira, mas em meados do ano passado ela estava em R$ 1,7 bilhão. A taxa de juro da linha é de 1% ao mês, enquanto um empréstimo pessoal em banco tem juro médio de 3,32% ao mês, segundo a Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).
O prazo é de até 20 anos e o cliente pode financiar 60% do valor do imóvel, para qualquer finalidade. A média de liberação é de 25 dias, mas a depender do perfil o recurso pode ser disponibilizado em nove dias.
"O avanço no home equity faz parte de um projeto mais amplo de reestruturação dos negócios imobiliários do banco. Neste ano, o Santander decidiu unificar em uma mesma diretoria as áreas de crédito imobiliário pessoa física e jurídica - que representam 8,7% da carteira ampliada de R$ 463,4 bilhões -, administração dos bens retomados e o desenvolvimento de seus ativos imobiliários, para extrair mais valor de cada negócio".