Com a expectativa de encerrar 2019 com crescimento de 2%, a construção civil ajudou impulsionar a recuperação do setor imobiliário. A expansão aguardada era de 1%, apenas.
De acordo com especialistas, o segmento será o motor do progresso da economia em 2020 e a alta deve chegar a 3% no próximo ano.
Em 2019, ele foi responsável pela geração de 10% das novas vagas de emprego. Foram criados 948 mil postos de trabalho com carteira assinada neste ano, a construção gerou 117 mil novas vagas.
Somente em novembro, segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados de Desempregados) e a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), o país registrou 39,4 milhões de empregados com carteira assinada e a construção foi responsável por 2,09 milhões, que representa 5,32% do número total. Esse dados reforçam a importância do setor na geração de emprego.
A taxa básica de juros (Selic) também auxilia nesse crescimento no setor imobiliário, com juros a 4,5% ao ano, o que permite a inclusão de milhares de pessoas no financiamento imobiliário. A cada corte nos juros, pelo menos 2,8 milhões de famílias poderiam contratar esse tipo de crédito.
Outro fator impulsionador são os fundos imobiliários como forma de investimento. De acordo com a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros), em outubro, os fundos apontaram R$ 105 bilhões em patrimônio líquido. Já em dezembro, o valor está em R$ 85 bilhões.
Além disso, os imóveis podem ser utilizados como garantia na aquisição de empréstimos, chamado Home Equity. As taxas ficam em torno de 0,99% ao mês.